domingo, 24 de maio de 2015

"Jesus nasceu em África"

(...) afinal hoje é 25 de Maio - dia de África.

Não interessa a relevância que dás a este facto, mas hoje quero lembrar-te que: Jesus nasceu em África. 

Dizia o meu professor: "Mwana Afrika, deixa de evidenciar o evidente". Eu sorria ... e no gozo repetia para ele: Jesus nasceu em África, sabias?

Na verdade, ao lembrar-lhe isto, eu  queria apenas mostrar pra ele, que a Figura que o Ocidente tanto admira e tem um respeito milenar, nasceu em África.
Lá vai a pesquisa:

"Os Evangelhos dizem de maneira explícita que Jesus nasceu em “Belém de Judá, no tempo do rei Herodes” (Mt 2,1 cfr. 2, 5.6.8.16), (Lc 2, 4.15), (Jo 7, 40-43). Nos tempos antigos, incluindo o tempo de Jesus, Belém de Judá era considerado parte de África. Até a construção do Canal de Suez, Israel fazia parte da África. Esta visão haveria de perdurar até 1859, quando o engenheiro francês Ferdinand de Lesseps pôs-se a construir o Canal de Suez. A partir daí, foi a África separada não somente geográfica, mas sobretudo histórica, cultural e antropologicamente do que hoje chamamos Oriente Médio. 

Aquela milenar extensão da África passa a figurar nos mapas como se fora Ásia.
Jesus tinha presença negra na linhagem familiar. A genealogia de Jesus foi misturada com a linha de Cam desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia. Nos antepassados de Jesus através de Cam, lado feminino desta mistura, há cinco mulheres mencionadas na genealogia de Jesus Cristo ( Tamar, Raabe, Rute, Bateseba e Maria) (Mateus 1:1-16). As primeiras senhoras mencionadas eram de descendência de Cam. Assim, Jesus pode ser aclamado etnicamente pelos povos semitas e descendentes de Cam.


Jesus era da tribo de Judá, uma das tribos Africanas de Israel. Ancestrais masculinos de Jesus vêm da linha de Sem (miscigenados). No entanto, a genealogia de Jesus foi misturada com a linha de Cam desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia. O antepassado de Jesus através de Cam é narrado em Gênesis 38: então Tamar, a mulher Cananéia (Negra) fica grávida de Judá, e dá à luz aos gêmeos Zerá e Perez, formando a Tribo de Judá, antepassados do rei Davi e de José e Maria, os pais terreno de Jesus. 


Jesus se escondeu entre os Negros. Não foi por acaso que Deus enviou a Maria e José para o Egito com o propósito de esconder o menino Jesus do rei Herodes (Mateus 2:13). Ele não poderia ter sido escondidos no norte da África se fosse um menino branco. Não por proteção militar já que nessa época o Egito era uma província romana sob o controle romano, mas porque o Egito ainda era um país habitado por pessoas negras. Assim, José, Maria e Jesus teriam sido apenas mais uma família negra entre os negros, que tinham fugido para o Egito com a finalidade de esconder Jesus de Herodes, que estava tentando matar o menino. Se Jesus fosse branco, loiro de olhos azuis, teria sido difícil para ele e sua família se esconder entre os egípcios negros sem ser notado. 


O povo hebreus era muito parecido com povo egípcios, caso contrario teria sido difícil reconhecer uma família hebraica entre os egípcios Negros. Foi no Egito que o povo de Israel teve seu auge da negritude, Setenta israelitas entraram no Egito e lá ficaram durante 430 anos, trinta anos os israelitas foram hóspedes, e 400 anos cativos no Egito, eles e seus descendentes se casaram com não-israelitas, chegando a mais de 600.000 homens, mulheres e crianças. Saíram do Egito uma multidão misturada. Etnicamente, os seus antepassados eram uma combinação de afro-asiáticos. 

Jesus era semelhante pedra de jaspe e de sardônio. Em apocalipse a Bíblia continua a mostrar a negritude de Jesus. Ele é chamado o Cordeiro de Deus segundo as Escritura Sagrada, com seu cabelo lanoso, sendo comparado a lã de cordeiro, e os pés com a cor de bronze queimado (Apocalipse 1:15), com uma aparência semelhante pedra de jaspe e de sardônio (Apocalipse 4:3), que são geralmente pedras amarronzadas. As cores de jaspe e sardônio não são únicas e absolutas, são diversas cores".


#Remember #TextoPublicadoEm2011noMeuFacebook 

sábado, 11 de abril de 2015

Malaike, Nakupenda Malaike - Angel, I love you Angel

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Eu - a preta de cabelo ruim

Teta Lando! Não sei onde estavas com a cabeça quando escreveste “Negra de Carapinha dura”!De volta nestas paragens, apeteceu-me falar primeiramente, de uma espécie de “perca de identidade”. Para muitos, manter um visual, mais parecido com a nossa identidade, nossa cultura, nunca é estético.


Já reparou até onde vão os esterótipos de beleza?Até onde fazer uma menina chorar em seu quarto sabendo que nunca será uma das loiras e perfeitas Barbies, ou princesas da Disney, ou até onde tirar dinheiro do bolso de adultas (ou não) que utopicamente buscam a perfeição através de plásticas e mais plásticas, e máscaras e promover o ódio à si, é somente "bussiness", e não só o sádico preconceito da mídia?

Desde o final da escravidão que começou a se tornar popular as mudanças estéticas e já em 1920 o grande Marcus Garvey exortava a população para voltar a usar a sua estética africana. Hoje em dia até é, para muitas mulheres, vergonhoso apresentar-se de uma forma bem “mais natural”, o artificial tomou conta de quase todas…mas um grande movimento em prol da estética africana, vem aí surgindo. Isso é bom! Uma salva de palmas ao grupo das Angolanas Naturais e Amigos!!! (...)
In: ....................................

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Todo castigo para pobre é pouco

 Por que? Por que? Por que eu nasci pobre? Por que?
A pior pobreza é a de espírito. Eu sei, mas vamos combinar que a financeira também não é nada interessante. Ser rica de amor, de alegria, de saúde, é importante, é claro, mas fica bem mais bonito na poesia. 
Experimenta ser rico de amor e andar de candongueiro bem lotado todo dia. ..até que kuia!Mas...
Não posso reclamar de ter uma vida banal, sabe? Nunca pude. Só que quando a gente vive assim: uma hora aqui, outra hora acolá, entre um canto e outro no mundo, não é sempre que dá para contar com a sorte de cair de paraquedas nos lugares mais convenientes. Enfim, coisas da vida… o que sei é que minha vidinha está sendo, mais do que nunca, uma verdadeira aventura!
E, na minha atual rotina, o pensamento que me toma todo santo dia é: todo castigo para pobre é pouco.
Invariavelmente essa frase me vem a cabeça. E, normalmente, começo ou termino o dia (ou os dois) questionando o por quê de eu não ter nascido num bercinho douradinho, de preferência de ouro ou, pelo menos, folheado. E não, eu não me sinto fútil por pensar assim, nem um pouquinho.Mas a pobreza...esta pobreza: só me kuia...faz-me mesmo voar a atingir o além...
Aliás, o que eu tenho desejado ultimamente é muito pouco. Tipo chegar em casa e não ter a luz cortada que a minha amiga esqueceu de pagar; tomar banho quentinho sem ser de balde com água que foi fervida no fogão; uma maquinazinha básica de lavar roupa, basta funcionar que eu fico feliz, contente e saltitante. Que tal sair de casa para trabalhar e não se deparar com a cena de um crime na minha rua? Aí é abuso, né? Acho que já é pedir demais não querer ver uns corpinhos de nada logo pela manhã…
Ahhhh, e o candongueiro...e o autocarro? Oh! Minhas adoráveis viagens na baúca! Essas renderiam algumas histórias cômicas para contar aqui, isso, é claro, se eu tivesse o luxo de ter um computador onde estou vivendo. Vida itinerante tem dessas coisas mesmo, não é novidade pra mim e, normalmente, escrevo menos em dias que eu acordo “limão“, vocês sabem… :D
Hoje pela manhã, quando eu viajava de candongueiro lotado, na baúca, com a ligeira impressão de que a criatura na minha frente (o cobrador, no caso) se aproveitava para dar uma roçadinha de leve em mim, depois de testemunhar uma passageira armando o maior barraco, aos berros com o motorista que continuava deixando gente entrar sem ter lugar para uma mosca dentro do "talu taxi" que, por sua vez, exalava uma mistura inacreditável de odores, que iam do pior perfume de farmácia ao cheiro nada agradável das axilas do senhor ao meu lado, de repente, meu olhar parou num homem sentado lá no fundo no candongueiro...ele até era geitoso...e isso meteu-me mais calma.
Ele sorria, não pra mim, nem pra ninguém, simplesmente sorria. Sorria sereno, tranquilo, fechava os olhos, e voltava a sorrir, parecia enfeitiçado. Olhava pela janela sorrindo, completamente alheio ao que acontecia dentro daquele adorável transporte que eu tirei voado antes mesmo de chegar na minha paragem, por não suportar mais o peso de ser/estar desprovida de um automóvel.
No que será que ele pensava? Na morte da bezerra? Não. Com certeza ele não pensava em morte. Devia estar pensando na mulher amada, se é que o amor ainda é capaz de tal efeito. Talvez o motivo tenha sido mais simples, mas não menos eficaz: ele acabara de ter um orgasmo antes de sair de casa para trabalhar. Esse sim pode causar tal efeito… ahhhh, pode!
Mas a verdade é que perdi aquele anjo de vista :(
Uma coisa é certa: estando no pior ou no melhor lugar do mundo, com muito, pouco ou nenhum dinheiro, se você consegue se desligar da realidade e se transportar para qualquer outro lugar onde sua cabeça decida estar, tudo pode sumir num passe de mágica e isso pode tornar as coisas bem mais leves, ainda que um passageiro obeso sente ao seu lado, e te esmague aos poucos.
Vou me lembrar disso da próxima vez que eu estiver num candongueiro bem lotado...
Para onde eu vou me transportar? Para EUA, na companhia de Obama. Só isso, mais nada.
E nem adianta vir me dizer que Obama não recebe "pobres", nem mesmo isso vai atrapalhar a minha viagem…
E você? Vai pra onde?

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Bate a bola baixa! Sua...( )




Ai  ai  ai  ai!Pra kié só se mentir? Que palhaçada!

Valorize quem te ama. Esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto...bom: ninguém nunca precisou de restos para ser feliz.

Estou aqui te passando um conselho. Espero que aceites e aprendas de verdade:

Até onde puderes vai deixando o melhor de si. Se alguém não viu, foi porque não te sentiu com o coração. Essa conversa de que a pessoa só da valor quando perde não é verdadeira. Cada um sabe exactamente o que tem ao seu lado. O problema é ninguém acreditar que um dia vai perder (rsrsrsrsrs)

Ai ai ai ai!Você já não muda garota.Sua...( )

Às vezes eu tenho vontade de ser menos intensa, só para poder entender como vocês garotas aguentam essas coisas que me devoram permanentemente e de uma forma tão absurda. Mas você garota...não me ouves.

Já chamaste pessoas próximas de amigo e depois descobriste que não eram? Pois é...mas algumas pessoas nunca precisaste chamar de nada e sempre foram e serão especiais para ti.

Ai ai ai ai!Você já não muda garota. Sua...( )

Epáh! Que a tua solidão te sirva de companhia. Que tenhas coragem de enfrentar os problemas. Que saibas ficar com o nada e mesmo assim sentir-se como se estivesses plena de tudo. Sei que é difícil (srsrsrsrsrs), mas aguenta só!

Ainda bem que sempre existe outro dia...e outros sonhos...e outros risos...e outras pessoas...e outras coisas...Um dia vai dar certo, ah vai (rsrsrsrs)...Mas antes disso vai dar errado. Você vai se decepcionar com as pessoas que mais gosta. Vai tirar notas ruins mesmo tendo passado a noite estudando. Vai brigar, vai perder pessoas que ama. Vai cair de cara no chão. De novo... e de novo. E enquanto você tiver mais forças para se levantar, vai aparecer alguém para dar a mão e te levantar. É ele. Deu certo. É Jesus  (rsrsrsrs)


Ai ai ai ai!
Você já não muda garota...Sua...


Mas tudo bem. Também quem passa por cima do outro, acaba quebrando a própria perna lol...Melhor mesmo, é dares mazem chances ao "sapo". Eles dão mais valor que os príncipes (ehehehehe)Eu te avisei: nunca foi bom amar pela metade. Pra kié só se mentir... Consegues voar de pés no chão???


Ai ai ai ai!Pra kié só se mentir? Sua...( )


Quando te amares de verdade, vais começar a te livrar de tudo que não é saudável. Isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças e qualquer coisa que põe -te pra baixo. Tua razão pode até chamar de egoísmo, mas um dia aprenderás que é amor-próprio.

Ai ai ai ai!Prá kié só se mentir? Sua...( )


Ame como a chuva. Esta cai em silencio, quase sem fazer notar, mas é capaz de transbordar rios...


Agora...vê se faz carinha de "dona da situação" Bate a bola baixa, mas não se atira ao chão...sua "BURRA"


By: #SouTeuEgo

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Guia para jornalistas que querem aprimorar a arte da entrevista


Na rotina jornalística, a entrevista está entre as atividades mais essenciais. Ela é a alma do jornalismo: pode impulsionar ou detonar uma matéria, dar vida a narrativas e conduzir à compreensão de acontecimentos complexos. Ainda assim, a maioria dos repórteres aprimora esta habilidade por tentativa e erro. E, às vezes, o erro vai em formato de áudio com engasgadas vergonhosas direto pro editor.
Apesar de não ser uma ciência exata, dominar algumas técnicas pode facilitar o caminho do jornalista que quer se tornar um entrevistador daqueles que arrancam boas respostas até das fontes mais evasivas. Conheça algumas delas neste guia preparado pelo Centro Knight com links e dicas de profissionais experientes no assunto.
1. Defina seus objetivos
Antes de mais nada é preciso saber o que se quer da entrevista: aspas, confirmação, contexto, reconstituir uma cena? Este é o primeiro passo para traçar a estratégia a ser adotada.
A Knight Chair em Jornalismo e professora da Universidade de Missouri Jacqui Banaszynski aconselha os jornalistas a responderem as seguintes perguntas antes de ligarem seus gravadores: Por que você está fazendo esta matéria? O que você precisa saber (e como vai conseguir)? O que você quer saber (e como vai conseguir)? Qual é o seu propósito ou foco inicial? Quais são os desafios logísticos/jornalisticos/éticos/morais envolvidos?
2. Esteja preparado
Uma boa entrevista começa muito antes do contato com o entrevistado. Como Jon Talton, colunista do Seattle Times, escreveu para o Reynolds Center, conhecer muito bem a fonte e o tema que será tratado é o dever de casa. Fazer uma lista de perguntas prévias não garante o sucesso da entrevista, mas pesquisar e estar completamente por dentro do que será debatido e da pessoa com quem se debaterá pode render bons frutos.
Um bom exemplo disso é dado pelo colunista do Poynter Chip Scanlan: "AJ Liebling, uma escritora famosa da The New Yorker, conseguiu uma entrevista com o conhecidamente lacônico jóquei Willie Shoemaker. Abriu com uma única pergunta: Por que você monta com um estribo maior do que o outro? Impressionado com o conhecimento de Liebling, Shoemaker falou".
3. Saiba como perguntar
Assim como Liebling, jornalistas frequentemente se deparam com entrevistados que não estão tão dispostos a falar quanto se deseja. Saber perguntar, nestas horas, faz toda a diferença. Segundo as lições do jornalista investigativo canadense John Sawatsky, uma autoridade na arte da entrevista, para a American Journalism Review e para o Poynter:
  • evite perguntas cujas respostas possam ser apenas "sim" ou "não" (a não ser que se queira confirmar alguma informação precisa), prefira as do tipo "como", "por que", "o que".
  • mantenha as perguntas curtas e focadas em um único assunto (uma de cada vez)
  • evite hipérboles ou palavras carregadas
  • mantenha sua opinião fora das perguntas
  • não tente argumentar com a fonte para convencê-la da sua versão; ao invés disso, peça para ela comentar uma informação que você sabe ser verdadeira
  • sempre questione: como você sabe?
  • pergunte sobre temas sensíveis sem soar "combativo"
  • peça exemplos e descrições, isso ajuda a fonte a lembrar e articular as respostas


4. Conduza uma conversa
A ganhadora do Pulitzer Isabel Wilkerson considera entrevistas "conversas guiadas" nas quais a dinâmica da relação é mais importante que qualquer questão individual. "Nas escolas de jornalismo, ninguém chama as interações entre jornalistas e fontes de relacionamento, mas é isso que são", diz ela.
Aprenda a fazer anotações sem olhar apenas para o caderno. É fundamental manter uma interação visual e corporal com o entrevistado. Demonstrar empatia deixa a fonte mais à vontade, o que aumenta as chances dela se abrir. "Entrevistar é ciência de ganhar a confiança, depois ganhar a informação", ressalta John Brady em "A Arte da Entrevista".
5. Escute e controle o ritmo
Às vezes o jornalista está tão preocupado em seguir o seu rascunho que não percebe os momentos por onde a história pode se desenvolver mais. Não corte a possibilidade de informações mais profundas virem à tona pulando muito rapidamente para a sua próxima pergunta. Se houver limitações de tempo, concentre-se no tópico mais importante, escolha com sabedoria. Se o tempo for liberado, explore os pontos que soarem mais interessantes durante a entrevista.
6. Faça perguntas a partir das respostas
Não deixe qualquer dúvida passar em branco. Questões derivadas de respostas mal compreendidas costumam dar pano pra manga. Como ensina Banaszynski, "para cada questão, pergunte outras cinco".
Seja um ouvinte interessado e perceba quando as respostas te levam para outras perguntas sobre o tema. Conforme explica Sawatsky, quanto mais você demonstra que está realmente ouvindo, mais confiança se estabelece.
7. Negocie os termos de antemão
Deixe claro o propósito e o contexto da entrevista e procure saber no início as preocupações da fonte. Isso pode evitar que você seja surpreendido com um pedido de "off the record" [não publicar a informação passada] depois de uma entrevista reveladora.
Em um interessante artigo sobre a arte da entrevista para a Columbia Journalism Review, a jornalista Ann Friedman cita Max Linsky, um entrevistador de peso do Longform Podcast, que diz: "Longas entrevistas podem ter três atos - saiba onde você quer começar, onde você quer terminar, e como você quer chegar lá. E deixe o entrevistado conhecer o plano! Essas conversas podem sair dos trilhos rapidamente - compartilhar o roteiro antecipadamente permite que você interrompa e mude as coisas com mais facilidade. Faz com que entrevistado e entrevistador se sintam como se estivessem no mesmo time. "
8. Cara a cara, telefone, e-mail?
A entrevista pode ser feita das mais variadas formas: pessoalmente, por telefone, skype, e-mail, com uso ou não de câmeras de vídeo. Escrevendo para o Poynter, a jornalista Mallary Jean Tenore citou a preferência de cinco jornalistas com os quais conversou. A maioria ressalta que a conversa cara a cara permite que o repórter observe detalhes do comportamento do entrevistado e da cena que escapam em conversas por telefone ou e-mail.
Quando a distância com a fonte não permite o contato pessoal, recorre-se ao telefone ou até mesmo a ferramentas como o Skype. Ao falar por ligações on-line, o uso da webcam tem a vantagem de permitir que se veja a expressão corporal do entrevistado.
É unanimidade que a entrevista por e-mail é a última opção. Mas o meio é válido para agendar a entrevista, fazer perguntas preliminares ou verificar informações e tirar dúvidas posteriores.
Aqueles que optarem por gravar em vídeo devem estar atentos a algumas questões técnicas, como a captura de áudio e os planos que serão usados. Casey Frechette, do Poynter, aconselha antecipar o que pode dar errado durante a entrevista em vídeo para ter sempre uma carta na manga. Checar duas vezes se as baterias estão carregadas, se o equipamento está funcionando bem e se a locação está liberada, por exemplo, é crucial.
9. Seja esperto, ouse ser ignorante
Certifique-se de que entendeu o que significam certas expressões, jargões e busque analogias. Nas palavras de Ann Friedman, "banque o estúpido", especialmente quando o assunto é técnico e complexo demais. Peça para a fonte explicar como se estivesse falando a uma criança.
10. Fique atento ao pós-entrevista
Banaszynski observa que é sempre bom anotar telefones, e-mails, endereços, detalhes sobre o local e o entrevistado. Se precisar, não hesite em fazer contato novamente para tirar dúvidas ou até mesmo agendar uma segunda entrevista. Após a publicação, é sempre bom passar a matéria à fonte e estar aberto a seus comentários.
Chip Scanlan acrescenta que a auto-avaliação é uma boa forma de se aperfeiçoar. Ao transcrever as conversas gravadas (e gravar é fundamental!), observe não só as respostas, mas as suas perguntas. "Você faz mais perguntas que encerram a conversa ou que a estimulam? Você interrompe o seu interlocutor quando ele está começando a se soltar? Você soa um ser humano interessado e amável ou um promotor atormentado?"

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sátira: Desabafos de uma Mulher "moderna"

 “São 5.30H da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje. Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de por o cérebro a funcionar. Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela? 


Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos.


 A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha. Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de crédito, a Internet! Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia! Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre 'vamos conquistar o nosso espaço' Que espaço?! Que caraças! Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés?! Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão?! Nosso espaço?! Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.


 Essa piada..., acabou por nos encher de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda! Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porque é que, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos? A quem ocorreu tal ideia? Vejam o tamanhão do bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos!


Estava muito claro que isso não ia terminar bem. Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manha desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho. E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro esta, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!!


Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo! E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámos-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens! Que desastre! Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira? Basta! Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!


Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar para quê ter que demonstra-lo a eles? Ai meu Deus, são 6.10H, e tenho que levantar-me da cama … estou atrasada para variar, não vou conseguir estacionamento… Que fria está esta solitária e enorme cama! Ahhhh... Prefiro ter um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor traga-me um whisky por favor? Ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa. Pensas que estou a ironizar ou a exagerar? Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais.... E idiotas! Estou a falar muito seriamente: ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!! E DIGO MAIS: A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens se esfolarem a trabalhar para sustentar a nossa vida boa! Agora somos “iguais” a eles! …”
In: tempos de frustrações