quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Todo castigo para pobre é pouco

 Por que? Por que? Por que eu nasci pobre? Por que?
A pior pobreza é a de espírito. Eu sei, mas vamos combinar que a financeira também não é nada interessante. Ser rica de amor, de alegria, de saúde, é importante, é claro, mas fica bem mais bonito na poesia. 
Experimenta ser rico de amor e andar de candongueiro bem lotado todo dia. ..até que kuia!Mas...
Não posso reclamar de ter uma vida banal, sabe? Nunca pude. Só que quando a gente vive assim: uma hora aqui, outra hora acolá, entre um canto e outro no mundo, não é sempre que dá para contar com a sorte de cair de paraquedas nos lugares mais convenientes. Enfim, coisas da vida… o que sei é que minha vidinha está sendo, mais do que nunca, uma verdadeira aventura!
E, na minha atual rotina, o pensamento que me toma todo santo dia é: todo castigo para pobre é pouco.
Invariavelmente essa frase me vem a cabeça. E, normalmente, começo ou termino o dia (ou os dois) questionando o por quê de eu não ter nascido num bercinho douradinho, de preferência de ouro ou, pelo menos, folheado. E não, eu não me sinto fútil por pensar assim, nem um pouquinho.Mas a pobreza...esta pobreza: só me kuia...faz-me mesmo voar a atingir o além...
Aliás, o que eu tenho desejado ultimamente é muito pouco. Tipo chegar em casa e não ter a luz cortada que a minha amiga esqueceu de pagar; tomar banho quentinho sem ser de balde com água que foi fervida no fogão; uma maquinazinha básica de lavar roupa, basta funcionar que eu fico feliz, contente e saltitante. Que tal sair de casa para trabalhar e não se deparar com a cena de um crime na minha rua? Aí é abuso, né? Acho que já é pedir demais não querer ver uns corpinhos de nada logo pela manhã…
Ahhhh, e o candongueiro...e o autocarro? Oh! Minhas adoráveis viagens na baúca! Essas renderiam algumas histórias cômicas para contar aqui, isso, é claro, se eu tivesse o luxo de ter um computador onde estou vivendo. Vida itinerante tem dessas coisas mesmo, não é novidade pra mim e, normalmente, escrevo menos em dias que eu acordo “limão“, vocês sabem… :D
Hoje pela manhã, quando eu viajava de candongueiro lotado, na baúca, com a ligeira impressão de que a criatura na minha frente (o cobrador, no caso) se aproveitava para dar uma roçadinha de leve em mim, depois de testemunhar uma passageira armando o maior barraco, aos berros com o motorista que continuava deixando gente entrar sem ter lugar para uma mosca dentro do "talu taxi" que, por sua vez, exalava uma mistura inacreditável de odores, que iam do pior perfume de farmácia ao cheiro nada agradável das axilas do senhor ao meu lado, de repente, meu olhar parou num homem sentado lá no fundo no candongueiro...ele até era geitoso...e isso meteu-me mais calma.
Ele sorria, não pra mim, nem pra ninguém, simplesmente sorria. Sorria sereno, tranquilo, fechava os olhos, e voltava a sorrir, parecia enfeitiçado. Olhava pela janela sorrindo, completamente alheio ao que acontecia dentro daquele adorável transporte que eu tirei voado antes mesmo de chegar na minha paragem, por não suportar mais o peso de ser/estar desprovida de um automóvel.
No que será que ele pensava? Na morte da bezerra? Não. Com certeza ele não pensava em morte. Devia estar pensando na mulher amada, se é que o amor ainda é capaz de tal efeito. Talvez o motivo tenha sido mais simples, mas não menos eficaz: ele acabara de ter um orgasmo antes de sair de casa para trabalhar. Esse sim pode causar tal efeito… ahhhh, pode!
Mas a verdade é que perdi aquele anjo de vista :(
Uma coisa é certa: estando no pior ou no melhor lugar do mundo, com muito, pouco ou nenhum dinheiro, se você consegue se desligar da realidade e se transportar para qualquer outro lugar onde sua cabeça decida estar, tudo pode sumir num passe de mágica e isso pode tornar as coisas bem mais leves, ainda que um passageiro obeso sente ao seu lado, e te esmague aos poucos.
Vou me lembrar disso da próxima vez que eu estiver num candongueiro bem lotado...
Para onde eu vou me transportar? Para EUA, na companhia de Obama. Só isso, mais nada.
E nem adianta vir me dizer que Obama não recebe "pobres", nem mesmo isso vai atrapalhar a minha viagem…
E você? Vai pra onde?

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Bate a bola baixa! Sua...( )




Ai  ai  ai  ai!Pra kié só se mentir? Que palhaçada!

Valorize quem te ama. Esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto...bom: ninguém nunca precisou de restos para ser feliz.

Estou aqui te passando um conselho. Espero que aceites e aprendas de verdade:

Até onde puderes vai deixando o melhor de si. Se alguém não viu, foi porque não te sentiu com o coração. Essa conversa de que a pessoa só da valor quando perde não é verdadeira. Cada um sabe exactamente o que tem ao seu lado. O problema é ninguém acreditar que um dia vai perder (rsrsrsrsrs)

Ai ai ai ai!Você já não muda garota.Sua...( )

Às vezes eu tenho vontade de ser menos intensa, só para poder entender como vocês garotas aguentam essas coisas que me devoram permanentemente e de uma forma tão absurda. Mas você garota...não me ouves.

Já chamaste pessoas próximas de amigo e depois descobriste que não eram? Pois é...mas algumas pessoas nunca precisaste chamar de nada e sempre foram e serão especiais para ti.

Ai ai ai ai!Você já não muda garota. Sua...( )

Epáh! Que a tua solidão te sirva de companhia. Que tenhas coragem de enfrentar os problemas. Que saibas ficar com o nada e mesmo assim sentir-se como se estivesses plena de tudo. Sei que é difícil (srsrsrsrsrs), mas aguenta só!

Ainda bem que sempre existe outro dia...e outros sonhos...e outros risos...e outras pessoas...e outras coisas...Um dia vai dar certo, ah vai (rsrsrsrs)...Mas antes disso vai dar errado. Você vai se decepcionar com as pessoas que mais gosta. Vai tirar notas ruins mesmo tendo passado a noite estudando. Vai brigar, vai perder pessoas que ama. Vai cair de cara no chão. De novo... e de novo. E enquanto você tiver mais forças para se levantar, vai aparecer alguém para dar a mão e te levantar. É ele. Deu certo. É Jesus  (rsrsrsrs)


Ai ai ai ai!
Você já não muda garota...Sua...


Mas tudo bem. Também quem passa por cima do outro, acaba quebrando a própria perna lol...Melhor mesmo, é dares mazem chances ao "sapo". Eles dão mais valor que os príncipes (ehehehehe)Eu te avisei: nunca foi bom amar pela metade. Pra kié só se mentir... Consegues voar de pés no chão???


Ai ai ai ai!Pra kié só se mentir? Sua...( )


Quando te amares de verdade, vais começar a te livrar de tudo que não é saudável. Isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças e qualquer coisa que põe -te pra baixo. Tua razão pode até chamar de egoísmo, mas um dia aprenderás que é amor-próprio.

Ai ai ai ai!Prá kié só se mentir? Sua...( )


Ame como a chuva. Esta cai em silencio, quase sem fazer notar, mas é capaz de transbordar rios...


Agora...vê se faz carinha de "dona da situação" Bate a bola baixa, mas não se atira ao chão...sua "BURRA"


By: #SouTeuEgo

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Guia para jornalistas que querem aprimorar a arte da entrevista


Na rotina jornalística, a entrevista está entre as atividades mais essenciais. Ela é a alma do jornalismo: pode impulsionar ou detonar uma matéria, dar vida a narrativas e conduzir à compreensão de acontecimentos complexos. Ainda assim, a maioria dos repórteres aprimora esta habilidade por tentativa e erro. E, às vezes, o erro vai em formato de áudio com engasgadas vergonhosas direto pro editor.
Apesar de não ser uma ciência exata, dominar algumas técnicas pode facilitar o caminho do jornalista que quer se tornar um entrevistador daqueles que arrancam boas respostas até das fontes mais evasivas. Conheça algumas delas neste guia preparado pelo Centro Knight com links e dicas de profissionais experientes no assunto.
1. Defina seus objetivos
Antes de mais nada é preciso saber o que se quer da entrevista: aspas, confirmação, contexto, reconstituir uma cena? Este é o primeiro passo para traçar a estratégia a ser adotada.
A Knight Chair em Jornalismo e professora da Universidade de Missouri Jacqui Banaszynski aconselha os jornalistas a responderem as seguintes perguntas antes de ligarem seus gravadores: Por que você está fazendo esta matéria? O que você precisa saber (e como vai conseguir)? O que você quer saber (e como vai conseguir)? Qual é o seu propósito ou foco inicial? Quais são os desafios logísticos/jornalisticos/éticos/morais envolvidos?
2. Esteja preparado
Uma boa entrevista começa muito antes do contato com o entrevistado. Como Jon Talton, colunista do Seattle Times, escreveu para o Reynolds Center, conhecer muito bem a fonte e o tema que será tratado é o dever de casa. Fazer uma lista de perguntas prévias não garante o sucesso da entrevista, mas pesquisar e estar completamente por dentro do que será debatido e da pessoa com quem se debaterá pode render bons frutos.
Um bom exemplo disso é dado pelo colunista do Poynter Chip Scanlan: "AJ Liebling, uma escritora famosa da The New Yorker, conseguiu uma entrevista com o conhecidamente lacônico jóquei Willie Shoemaker. Abriu com uma única pergunta: Por que você monta com um estribo maior do que o outro? Impressionado com o conhecimento de Liebling, Shoemaker falou".
3. Saiba como perguntar
Assim como Liebling, jornalistas frequentemente se deparam com entrevistados que não estão tão dispostos a falar quanto se deseja. Saber perguntar, nestas horas, faz toda a diferença. Segundo as lições do jornalista investigativo canadense John Sawatsky, uma autoridade na arte da entrevista, para a American Journalism Review e para o Poynter:
  • evite perguntas cujas respostas possam ser apenas "sim" ou "não" (a não ser que se queira confirmar alguma informação precisa), prefira as do tipo "como", "por que", "o que".
  • mantenha as perguntas curtas e focadas em um único assunto (uma de cada vez)
  • evite hipérboles ou palavras carregadas
  • mantenha sua opinião fora das perguntas
  • não tente argumentar com a fonte para convencê-la da sua versão; ao invés disso, peça para ela comentar uma informação que você sabe ser verdadeira
  • sempre questione: como você sabe?
  • pergunte sobre temas sensíveis sem soar "combativo"
  • peça exemplos e descrições, isso ajuda a fonte a lembrar e articular as respostas


4. Conduza uma conversa
A ganhadora do Pulitzer Isabel Wilkerson considera entrevistas "conversas guiadas" nas quais a dinâmica da relação é mais importante que qualquer questão individual. "Nas escolas de jornalismo, ninguém chama as interações entre jornalistas e fontes de relacionamento, mas é isso que são", diz ela.
Aprenda a fazer anotações sem olhar apenas para o caderno. É fundamental manter uma interação visual e corporal com o entrevistado. Demonstrar empatia deixa a fonte mais à vontade, o que aumenta as chances dela se abrir. "Entrevistar é ciência de ganhar a confiança, depois ganhar a informação", ressalta John Brady em "A Arte da Entrevista".
5. Escute e controle o ritmo
Às vezes o jornalista está tão preocupado em seguir o seu rascunho que não percebe os momentos por onde a história pode se desenvolver mais. Não corte a possibilidade de informações mais profundas virem à tona pulando muito rapidamente para a sua próxima pergunta. Se houver limitações de tempo, concentre-se no tópico mais importante, escolha com sabedoria. Se o tempo for liberado, explore os pontos que soarem mais interessantes durante a entrevista.
6. Faça perguntas a partir das respostas
Não deixe qualquer dúvida passar em branco. Questões derivadas de respostas mal compreendidas costumam dar pano pra manga. Como ensina Banaszynski, "para cada questão, pergunte outras cinco".
Seja um ouvinte interessado e perceba quando as respostas te levam para outras perguntas sobre o tema. Conforme explica Sawatsky, quanto mais você demonstra que está realmente ouvindo, mais confiança se estabelece.
7. Negocie os termos de antemão
Deixe claro o propósito e o contexto da entrevista e procure saber no início as preocupações da fonte. Isso pode evitar que você seja surpreendido com um pedido de "off the record" [não publicar a informação passada] depois de uma entrevista reveladora.
Em um interessante artigo sobre a arte da entrevista para a Columbia Journalism Review, a jornalista Ann Friedman cita Max Linsky, um entrevistador de peso do Longform Podcast, que diz: "Longas entrevistas podem ter três atos - saiba onde você quer começar, onde você quer terminar, e como você quer chegar lá. E deixe o entrevistado conhecer o plano! Essas conversas podem sair dos trilhos rapidamente - compartilhar o roteiro antecipadamente permite que você interrompa e mude as coisas com mais facilidade. Faz com que entrevistado e entrevistador se sintam como se estivessem no mesmo time. "
8. Cara a cara, telefone, e-mail?
A entrevista pode ser feita das mais variadas formas: pessoalmente, por telefone, skype, e-mail, com uso ou não de câmeras de vídeo. Escrevendo para o Poynter, a jornalista Mallary Jean Tenore citou a preferência de cinco jornalistas com os quais conversou. A maioria ressalta que a conversa cara a cara permite que o repórter observe detalhes do comportamento do entrevistado e da cena que escapam em conversas por telefone ou e-mail.
Quando a distância com a fonte não permite o contato pessoal, recorre-se ao telefone ou até mesmo a ferramentas como o Skype. Ao falar por ligações on-line, o uso da webcam tem a vantagem de permitir que se veja a expressão corporal do entrevistado.
É unanimidade que a entrevista por e-mail é a última opção. Mas o meio é válido para agendar a entrevista, fazer perguntas preliminares ou verificar informações e tirar dúvidas posteriores.
Aqueles que optarem por gravar em vídeo devem estar atentos a algumas questões técnicas, como a captura de áudio e os planos que serão usados. Casey Frechette, do Poynter, aconselha antecipar o que pode dar errado durante a entrevista em vídeo para ter sempre uma carta na manga. Checar duas vezes se as baterias estão carregadas, se o equipamento está funcionando bem e se a locação está liberada, por exemplo, é crucial.
9. Seja esperto, ouse ser ignorante
Certifique-se de que entendeu o que significam certas expressões, jargões e busque analogias. Nas palavras de Ann Friedman, "banque o estúpido", especialmente quando o assunto é técnico e complexo demais. Peça para a fonte explicar como se estivesse falando a uma criança.
10. Fique atento ao pós-entrevista
Banaszynski observa que é sempre bom anotar telefones, e-mails, endereços, detalhes sobre o local e o entrevistado. Se precisar, não hesite em fazer contato novamente para tirar dúvidas ou até mesmo agendar uma segunda entrevista. Após a publicação, é sempre bom passar a matéria à fonte e estar aberto a seus comentários.
Chip Scanlan acrescenta que a auto-avaliação é uma boa forma de se aperfeiçoar. Ao transcrever as conversas gravadas (e gravar é fundamental!), observe não só as respostas, mas as suas perguntas. "Você faz mais perguntas que encerram a conversa ou que a estimulam? Você interrompe o seu interlocutor quando ele está começando a se soltar? Você soa um ser humano interessado e amável ou um promotor atormentado?"

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sátira: Desabafos de uma Mulher "moderna"

 “São 5.30H da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje. Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de por o cérebro a funcionar. Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela? 


Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos.


 A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha. Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de crédito, a Internet! Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia! Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre 'vamos conquistar o nosso espaço' Que espaço?! Que caraças! Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés?! Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão?! Nosso espaço?! Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.


 Essa piada..., acabou por nos encher de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda! Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porque é que, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos? A quem ocorreu tal ideia? Vejam o tamanhão do bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos!


Estava muito claro que isso não ia terminar bem. Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manha desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho. E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro esta, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!!


Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo! E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámos-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens! Que desastre! Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira? Basta! Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!


Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar para quê ter que demonstra-lo a eles? Ai meu Deus, são 6.10H, e tenho que levantar-me da cama … estou atrasada para variar, não vou conseguir estacionamento… Que fria está esta solitária e enorme cama! Ahhhh... Prefiro ter um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor traga-me um whisky por favor? Ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa. Pensas que estou a ironizar ou a exagerar? Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais.... E idiotas! Estou a falar muito seriamente: ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!! E DIGO MAIS: A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens se esfolarem a trabalhar para sustentar a nossa vida boa! Agora somos “iguais” a eles! …”
In: tempos de frustrações

Queria só...ser Jornalista :(

Eu sonhava alto. Queria ser uma daquelas jornalistas que ficam até tarde na redacção  com um monte de cigarro na boca, xícaras de café na mão e furos jornalísticos memoráveis. Cada vez que o professor no curso de jornalismo contava da sua experiência, eu sonhava mais. E quando eu lia livros, então? Rota 66, Os Mídias em Angola e outros, foram  livros que me fizeram voar longe.

O tempo foi passando e o sonho foi perdendo força, graças aos constantes problemas envolvendo a profissão, que, nas décadas de 60, 70, 80 e 90, ainda era considerada o Quarto Poder. O jornalista era temido, paparicado e tinha nas mãos o futuro de uma celebridade ou político, por exemplo.

Mas parece que tanto glamour limou o profissional jornalista. Acho que com o tempo, a ética jornalística começou a se tornar dúbia. Até aonde um repórter ia/vai para conseguir um furo? O que ele era/é capaz de fazer?

Eu entrei orgulhosa neste mundo e acho que vou sair descontente. Estes anos fui aprendendo que o jornalista ainda é importante, mas perdeu seu espaço, graças a tantos escândalos.

E eu, como vou ficar? O que fazer, já que tem mais jornalista formado do que jornal para trabalhar? Ups! Colei

Passei pelo CEFOJOR, onde "estudei" jornalismo, e depois andei trabalhando por aí. Na verdade, nunca tive o sonho de ganhar um prémio por um furo... eu queria só ser jornalista. E dizem que sou, mas não me considero uma profissional como aquelas que usam o talento investigativo e o feeling comunicativo para benefício dos seus leitores.

No próximo dia 7 de Abril (dia do jornalista), desejo a todos, e a mim, um dia especial. Um dia para que reconheçamos que ainda somos importantes, principalmente na Afrika, onde a informação carece de verdade. Somos o elo entre o mais humilde e o mais forte, que vez ou outra burla as reais definições. Somos o significado da verdade e precisamos honrar isso.

Mesmo que nosso talento e sentimento não seja mais necessário, não devemos nos deixar abater. Escrevemos, e passamos tanto tempo nos esforçando e, agora, merecemos ganhar os lucros de tanto esforço. Responsabilidade atrai responsabilidade e sinceridade precisa ser característica irrefutável e inexorável.
...
Feliz dia do Jornalista


quarta-feira, 26 de junho de 2013

A tribute to the great Madiba - Nelson Mandela ... We love you very much!!! Nkosi sikeleli Africa



A  tribute to the great Madiba ... We love you very much




NKOSI SIKELELI MADIBA
Mandela está morrendo não só como deve morrer um grande líder, mas um grande homem, cercado por sua mulher e toda a sua descendência.

Antes mesmo de dar seu suspiro final Mandela já é pranteado em todo o mundo e seu legado entra para a história humana como uma das lutas mais extensas contra o pior dos inimigos que é a noção que o homem desenvolveu que pode ser superior a outro homem.

Neste momento, as agendas oficiais dos principais líderes mundiais estão em suspenso por causa dele. Sua família está em torno dele; sua tribo canta canções em louvor aos seus feitos e nós... nós apenas aguardamos.

Mandela será para sempre lembrado como o homem que depois de passar 27 longos anos numa cadeia, saiu dela com um sorriso conciliador no rosto e união toda uma nação. Mandela pregou a paz quando muitos queriam a guerra e soube o momento certo tanto de agir para unificar seu país; quanto de sair de cena para que novos líderes surgissem.

Nelson Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Seu nome verdadeiro é Rolihlahla Madiba Mandela. Principal representante do movimento antiapartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu num pequeno vilarejo na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali se interessou pelo boxe e por corridas. Após se matricular, começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942 e dois anos depois fundou, com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade – documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.

Comprometido de início apenas com atos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros militantes. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para o Marrocos e Etiópia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas antiapartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois se casou com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A eminente partida de Mandela, ou até mesmo a possibilidade de que esta partida já tenha ocorrido, nos enche, todos nós, militantes e ativistas de tristeza e dor, mas ao mesmo tempo nos alegra por termos tido a oportunidade de ver sua luta e sua vitória.

Mandela não morre, mas entra para a história como poucos homens puderam entrar, pela porta da frente, tal como saiu da cadeia e entrou no palácio presidencial da África do Sul para pôr fim ao apartheid

domingo, 6 de janeiro de 2013

“ O calão da nossa banda”


Por: Mwana Afrika

Hodiernamente, verificamos um fenómeno de linguagem especial usado sobretudo por jovens para indicar outras palavras informais da língua, com o objectivo de fazer um segredo, um acto cómico ou criar um grupo com seu próprio dialecto.
A língua portuguesa em Luanda, sofre quase sempre, constantes alterações interessantes, com maior incidência no discurso oral.
Empregada na sua maioria por jovens,” o calão da nossa banda”, observa-se que seu uso cresce até mesmo entre os meios de comunicação de massa.


Apesar do português ser “nossa língua mãe”, acreditamos que há várias formas de se falar português e que muitos mwangolés, ainda estão “wazebelé”, ou melhor, temos dificuldades em nos expressar. Daí que inventam-se termos, que por nós, fica mais fácil.
Não existe mesmo em outra parte do globo. O nosso “calão da banda” faz toda diferença.Tudo a seu tempo. Vai e vem, vai e vem... Temos sempre, termos novos. Cada termo com seu “tempo de reinado”. Ora, usam-se os termos: “VO TI ENTRA” – vou te bater “VO NI AGI” – vou lutar com ele/a“VAMU NI AGUENTA” – vamos tirar/possuir o que é dele“TABATOTA” ou “STA SEBEM” – esta tudo bem“VAGUENTU” –  vai aguentar“TÁ BATE” – esta na moda“MO CIENTE” ou “MO SANGUE” – meu cúmplice“MO WI” ou “MO AVILU” – meu amigo ou companheiro


São múltiplos os termos criados, até chegar nos que “estão a bater” ou melhor, estão na moda, como o kabotxobotxo e o swagger.Muitos de nòs, consideramos este um falar errado, porque não corresponde à gramática portuguesa. Se repararmos bem, na gramática portuguesa, nos deparamos frequentemente com expressões usadas somente no Brasil, ou somente em Portugal. Então, porquê não introduzirmos também algumas palavras usadas somente em Angola?


"Cumué?" "Já foste lá? – ainda"; "Ele é mo mais velho"... Certamente esse tipo de expressões já não nos surpreendem, porque como angolanos, já nos habituamos a ouvir. Mas se pusermos um brasileiro ou um português a ouvir tais expressões, certamente se surpreenderá. Tendo em conta que o nosso português sofre uma forte cadência das nossas línguas nacionais, o Kimbundo e o Kingongo, em primeiro lugar.


O calão do "mwangolé" tem sofrido, ultimamente, uma forte expansão, que tem se verificado não somente no interior do país, mas também em outros países lusófonos. Em Moçambique, o "Kota", o "Bué", ouve-se por toda parte, entrando consequentemente no vocabulário local. O mesmo verificar-se em Portugal, onde tais palavras já foram inclusive, inclusas no novo dicionário da língua portuguesa.


Tais expressões nascem na maior parte dos casos como códigos, como linguagem que pode ser usada entre um grupo de amigos, de modos que os outros não possam perceber. O uso frequente faz com que muitos venham a tomar conhecimento dos tais códigos, fazendo também o uso das mesmas. Muitas vezes, tais códigos trazem inspiração das nossas línguas nacionais, fazendo assim um “mix” entre português e língua nacional.


Com o uso de tais expressões alguns angolanos sentem-se "mais angolanos", o que estimula o frequente crescimento do uso das mesmas. Na verdade, hoje em dia, políticos, artistas e varias entidades, são deparadas a usarem os vários calões, criando assim uma maior aproximação entre eles e a juventude em geral.


O país que de certa forma encontrava-se mais relutante em "aceitar" o calão angolano é certamente Brasil, sendo aquele país muito ligado a própria cultura e as próprias expressões. Mas com a "invasão" do kuduro neste país, a aceitação tornou-se inevitável. O kuduro, é sabido, carrega dentro de si um conteúdo extremamente "mwangolé", uma série de expressões que são usadas somente em Angola, e muitas vezes só nos subúrbios. 

Através da música, o calão tem penetrado no vocabulário brasileiro, ainda que em pequena proporção. As ondas musicais e não só, poderão certamente contribuir para a expansão da "linguagem mwangolé".


A música sempre se revelou como o maior meio de propagação do calão angolano, sobretudo em Angola: país muito ligado ao ritmo e à musica. A linguagem do "ghetto" tornou-se hoje em dia linguagem pública, podendo a mesma ser exprimida em simples palavras mas inclusive em frases inteiras. O "está a correr tudo bem", pode ser traduzido em "tudo tá sair bem", o "gostei daquela coisa" em "aquele mambo me cuiou", etc etc. Deste modo, não se fala somente em palavras angolanas, mas em linguagem angolana, o que implica que já podemos criar um nosso dicionário. 

Dicionário que necessitaria de ser frequentemente actualizado, porque as expressões vêm e vão, assim como algo pode entrar e sair da moda.
Tendo em conta o facto de que nenhuma língua exista isoladamente, isto é, independentemente dos factores que a rodeiam, a cultura, a politica, os hábitos e costumes, etc., o português angolano não constitui excepção. Todos estes factores influenciam na propagação da nova linguagem angolana.


O calão representa um factor muito importante para a identificação de uma sociedade, assim como acontece com muito outros países que falam a mesma língua. Um exemplo básico é o inglês. O inglês americano apresenta grandes laços de diferenciação ao inglês da Inglaterra, sobretudo no discurso oral. 

Nos Estados Unidos usa-se frequentemente o calão e a gíria, que provocam uma grande distinção na linguagem dos dois países. Pela audição, pode-se notar se o sujeito é americano ou inglês. O mesmo acontece com o calão angolano. O calão e a gíria podem caracterizar uma sociedade, tornando-se assim num meio de identificação de uma comunidade.


Será que com o “nosso calão da banda” já pode ser considerado de “fenómeno de imposição cultural”? Eis a questão.Com a globalização, um novo entendimento de aculturação vem se tornando um dos aspectos fundamentais na sociedade. Mas felizmente, quanto a “cultura do linguajar mwangolé”, parece que não nos vamos deixar aculturar, pelo contrário: parece que vamos aculturando os outros povos de expressão portuguesa. “Stamus mbora bem”. A verdade é que, se é correcto ou não... É “mbora nossa linguagem”. Muito nossa, com mais cultura, mas identidade...Mas nós e mais Angola!!!


In: Jornal Cultura / Maio de 2012


Kudilonga - Aprenda kikongo



Ups!
É sério. Sou mesmo afrikana de raíz. Amo minhas raízes e acho que nossas línguas afrikanas são uma maravilha né.
Hoje começa a primeira aula de Kikongo. Rsrsr, também sou uma aprendiz, mas o pouco que sei vou aqui ensinando. 
Meus contos, são contos da minha tradição oral, e sendo da tradição oral, muitas das vezes mantem os termos na minha língua de origem que é o Kikongo. Daí que surgiu a necessidade de cá, ensinar também esta língua.

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KIKONGO


  • Na língua Kikongo no alfabeto temos:

a, b, d, e, f, i, k, l, m, n, ng, o, p, s, t, u, v, w, y, z



  • Não temos no kikongo:

c, h, j, q, r, x 



  • Substituimos:

j=z 

x=s
r=l


  • Soam: s soa sempre ç ou ss (ex.: disu) ; e o g nunca tem valor de j (ex.: nkonge). NB.: Nkonge e não nkongue



  • As palavras que começam com "m" ou "n", algumas têm apóstrofe e outras nem por isso. As que têm apóstrofe servem de acento da primeira sílaba. (Ex.: m^banza). As que não têm apóstrofe nasalam levemente (Ex.: mbanza).

  • A divisão de sílabas não segue as regras do português (ex.: lu-mbu, mu-ntu).

  • Todas a palavras em kikongo terminam com vogais.

  • O l  da primeira sílaba do verbo transforma-se em nd como substantivo (ex.:longa-ndonga)

  • Na adaptação de palavras estrangeiras deve tomar-se em conta que, o Kikongo não tem consoantes seguidas (cr, cl, pl, stc). Por conseguinte intercala-se uma vogal entre as consoantes (Cristo-Kilisitu; cruz-kuluzu; presidente-pelezidente; litro-litulu).